

Um certo tom de delírio percorre o leitor a cada relato e se acumula na mesma ordem narrativa, a partir de muitos dos títulos que pouco acedem ao que se vai contar, passando adiante um sentido de escape, de fuga que permeia todo o livro; as imagens, na mesma linha, sucedem o texto como uma associação vaga ao narrado, sem qualquer proposta de ilustração. [...]
O trabalho de Shirleny Luz na urdidura destes textos traz marca original de leitora assídua da ficção que percorre com curiosidade esta etapa decisiva da vida. Dissera Woodsworth e repetiria Machado: “o menino é o pai do homem”. Pensamento expresso que pode ser lido de muitas formas e em diversos sentidos. A leitura agora é sua, caro leitor.
(Eliana Yunes, no prefácio de Contos da Cabrochinha)



